segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Anvil: The Story of Anvil


Caro leitor, imagine você planejar sua carreira profissional, saber sem a menor gota de dúvida aonde quer chegar, e mais, ter talento necessário para tal, mas por uma ironia do destino você fica no banco de espera por quase trinta anos para atingir seus objetivos e sonhos. A banda canadense, Anvil, formada no final dos anos 1970 foi protagonista de uma estória com esse teor de agonia, paixão, drama, choro e muita perseverança e os papéis principais dessa obra dramática foram interpretados pelos amigos de infância Steve “Lips” Kudlow e Rob Reiner.

Mesmo sendo precursor dos aclamados gêneros thrash e speed metal, terem o status de “semideuses” do metal canadense e ainda conter em sua discografia tesouros como a trinca Hard n’ Heavy, Metal on Metal e Forged in Fire, a banda Anvil nunca atingiu níveis estratosféricos de popularidade, tampouco viu sua carreira deslanchar como as instituições metálicas Iron Maiden, Scorpions, Judas Priest, etc, mas apesar de todas as adversidades enfrentadas, a banda nunca parou de tocar ou mesmo acreditar em seus objetivos.

O documentário Anvil – A Estória de Anvil, como o nome entrega, conta a trajetória da banda e foi produzido pelo fã e ex-roadie, Sasha Gervasi. Sasha é diretor e roteirista de filmes como O Terminal e Henry’s Crime, e foi dele a idéia de rememorar o público a importância do nome Anvil. O que faz desse documentário ser especial – e item obrigatório na coleção de qualquer fã de música pesada – é o fato de ser uma lição de vida seja você fã de rock n’ roll ou não. É impossível assistir esse filme e não fazer uma auto-reflexão e, muitas das vezes, constatarmos que reclamamos e ou desistimos de nossos sonhos na primeira barreira que nos sobrepõem. O que esses canadenses nos ensinam, mesmo que para alguns seja numa forma simplista e infantil, é que o amor a uma determinada causa é o diferencial que fará de você vitorioso cedo ou tarde.

Louvável o trabalho Die Hard Records em disponibilizar esse título aqui no Brasil, e ainda adicionar doze músicas bônus entre faixas de estúdio e ao vivo e contar com legendas em português. Além disso, a gravadora trouxe ao mercado outros clássicos do calibre de Bonded by Blood – Exodus; Darkness Descents – Dark Angel e No Place to Hide – Santarem. Mais que recomendado...

Nota: Matéria realizada para o Jornal do Interior Sul Fluminense.
http://digital.jornaldointerior.info/ed131/

domingo, 4 de dezembro de 2011

At War: Ordered to Kill


Quando o gênero thrash metal surge no longuíssimo bate papos entre os amigos, os nomes que sempre ganham holofotes são sempre os mesmo, como: Metallica, Megadeth, Slayer, Testament e Exodus. Mas poucos se lembram do poderio sonoro de Nuclear Assault, Overkill e At War, por exemplo. No caso da última banda citada, o fã de thrash mais atento sabe a preciosidade que os discos “Ordered to Kill (1986)” e “Retaliatory Strike (1988)” são para o estilo.

A gravadora/loja Heavy Metal Rock também sabe dessa preciosidade tanto que trouxe ao mercado brasileiro os dois primeiros álbuns desse importante, mas injustiçado nome thrash. Para nós aqui na redação chegou fresquinho, fresquinho, a pedrada em forma de música, “Ordered to Kill”. Em pouco mais de trinta e cinco minutos de música, o resultado alcançado por Shawn Helsel (vocal e guitarra); Dave Stone (bateria) e Paul Arnold (vocal e baixo) é algo perto do memorável. Sem as frescuras das gravações atuais, onde quase tudo soa artificial e insípido, o álbum destila o puro veneno do thrash metal como na faixa homônima ao álbum. “Mortally Wounded”; “Rapechase” e “Eat Lead” são pauladas que podem deixar o ouvinte mais sensível atordoado e “Ilsa (She Wolf of the S.S.) relembra a cruel comandante nazista, bem como suas atrocidades nos campos de concentração.

Produzido pela própria banda, “Ordered to Kill” tem do primeiro ao último acorde a essência do thrash dos anos 1980, ou seja, tudo é alicerçado pela rapidez e o caráter caótico das canções. Se você, leitor, não escutou, não perca mais tempo. Thrash em sua forma mais pura e genuína.

Além dos títulos da banda At War, a Heavy Metal Rock está colocando no mercado brasileiro títulos como “Emperor – Wrath of the Tyrants”; “Mysteriis – Hellsurrection”; “Opeth – Orchil”; “Lamb of God – New American Gospel”; “Samael – Blood Ritual”; “Megadeth – Killing is my Business; etc.

Matéria realizada originalmente para o veículo Jornal do Interior Sul Fluminense. http://digital.jornaldointerior.info/ed128/