O mundo da música de certo modo se assemelha ao universo esportivo, onde a necessidade da escalação dos melhores e mais capacitados profissionais associado com os indispensáveis ingredientes como a sinergia e amizade são a base para um time e ou uma banda vencedora. E é sob essa fundação sólida e firme que o Megadeth tem vivido os últimos dois anos, e o reflexo positivo foi confirmado ontem (01) pelo público carioca com o show lotado do grupo no Vivo Rio.
A noite começou com a ótima apresentação da banda norte-americana, Vimic, que é capitaneado pelo fera das baquetas, Joey Jordison – completa o grupo Kalen Chase (vocal); Kyle Konkiel (baixo); Jed Simon (guitarra); Steve Marshall (guitarra) e Matt Tarach (teclado). Em uma hora do mais puro thrash/death metal, O Vimic mostrou em temas como My Fate, Simple Skeletons, She Sees Everything e Fail Me (My Temple) personalidade, qualidade e aspiração em estar no pantaleão dos grandes nomes da música pesada.
O time do Megadeth não passava pelas bandas de cá desde 2013 quando abrira a turnê do poderoso chefão, Black Sabbath, em divulgação de seu álbum 13. No entanto, a apresentação na época, ainda que competente, faltou alguns ingredientes como o célebre ‘sangue nos zóio’, o qual ressurgiu com a entrada dos monstros Kiko Loureiro (guitarra) e Dirk Verbeuren (bateria). Mas o grupo; que não felicitou o público carioca com a primeira perna da Dystopia Tour, no ano passado; se redimiu com uma apresentação impecável.
O hino Hangar 18 fora a responsável de começar a ode ao thrash metal da bay area, e num salto para o ótimo álbum Dystopia, a novata The Threat Is Real manteve o clima apocalíptico instaurado na pista desde o primeiro acorde da noite. Na máxima: fazer mais e falar menos, o xerife Dave Mustaine – integra a banda também o lendário baixista David Ellefson e os já citados Kiko e Dirk – pouco se dirige ao público, no entanto, desconta tudo em riffs e solos sobrenaturais.
A trinca diabólica com Wake Up Dead, In My Darkest Hour e Trust garantiu, mesmo de modo antecipado, já que ainda rolaria muita música pela frente, o status como uma das melhores apresentações do Megadeth na capital fluminense. O mais recente álbum, o já mencionado e premiado Dystopia, mostrou, novamente, seu poderio sonoro com sua homônima e Conquer or Die!, tendo aprovação e participação imediata dos fãs. A calmaria antes da tempestade deu-se com a melódica e cativante A Tout Le Monde, onde o público não se acanhou em cantar, em altíssimo volume, o grudento refrão.
Já a maravilhosa tempestade do mais puro thrash metal caiu torrencialmente sob as formas de clássicos como Tornado of Souls, Symphony of Destruction e Peace Sells, que fecharam excelentemente a primeira parte do show. O bis trouxe a aguardada e festejada Holy Wars… The Punishment Due, sendo a responsável pelo ponto final na ótima apresentação do grupo.
Com pouco mais de uma hora e vinte de show, o Megadeth mostrou aos fãs cariocas que está em plena forma e constituído por um time de primeira qualidade, e isso reflete, lógico, de forma essencialmente positiva no estúdio e, principalmente, no palco, já que é lá que jiripoca pia. A apresentação poderia ter sido estendida em mais músicas, visto o extenso e maravilhoso catálogo da banda, todavia, é compreendido que seja abreviado, uma vez que a performance do grupo é intensa e as canções são complexas e energéticas, o que demanda muito dos músicos. Mesmo assim, ficar com o sabor de quero mais não é lá tão ruim.
Fonte: RockBizz
Foto: Livia Teles
Esse é um blog inteiramente dedicado a uma das maiores expressões artísticas, música. Se você é, assim como eu, um grande fã dessa arte, seja muito bem vindo!
sábado, 2 de dezembro de 2017
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Accept: O Bê-A-Bá Do Metal Germânico Invade O Rio De Janeiro
A visão holística do atual mercado fonográfico não é lá tão animadora, já que poucos são os grupos e ou artistas que merecem o prestígio e, principalmente, o honroso e suado dinheiro dos fãs por conta de obras artísticas e apresentações ao vivo aquém do esperado e desejado. Todavia, e na contramão da afirmação anterior, há um grupo seleto em que toda a estima, admiração e investimento dos fãs são pertinentes e compensados por pautarem suas apresentações e criações artistas no mais alto padrão de qualidade.
Como não poderia ser o diferente, o universo heavy metal se vale da realidade apontada nas linhas anteriores, e no seleto hall dos exemplos positivos e prósperos está a banda alemã, Accept, que vem, desde seu retorno aos palcos em 2009, presenteando seus fieis seguidores com ótimos álbuns de estúdio e fenomenais apresentações ao vivo, como a de ontem (11) no Teatro Rival, Rio de Janeiro, que primou pela pura maestria, simpatia e elegância.
Em divulgação ao mais recente disco de estúdio, o ótimo The Rise of Chaos, o Accept aportou na capital fluminense com a responsabilidade de mostrar aos fãs que toda a atenção, apoio e carinho voltado ao grupo os retornam em forma de espetáculos impecáveis. E de tal forma, irrepreensível, que Die by the Sword ecoou para os seguidores da instituição alemã do heavy metal que tiveram a feliz decisão de comemorar os novos e antigos clássicos da banda.
Os novos clássicos vieram, sem demora, representado pela ótima Stalingrad enquanto os antigos, também sem delonga, chegou sob os riffs marcantes da festejada Restless and Wild. A experiência e o ás na manga de possuir uma discografia essencialmente imaculada contribuem, e muito, para uma apresentação versada no status de imperdível, já que ignorar e desprezar a oportunidade de apreciar ao vivo e cores o bê-a-bá do metal germânico como as pérolas London Leatherboys e Princess of the Dawn é uma tarefa para lá pesarosa.
A volta do Accept com o ótimo e simpático vocalista, Mark Tornillo, ainda reverbera discussões acaloradas entre os fãs, onde uma parcela jura de pé junto que a primeira encarnação da banda é a irretocável e a que mais brilha na extensa discografia dos alemães, no entanto, tem outra turma que defende, com unhas e dentes, diga-se, a nova formação da banda. Mas seja qual for a preferência dos fãs, é notória a satisfação e a alegria dos chefes Wolf Hoffmann (guitarra) e Peter Baltes (baixo) – completa a banda os ótimos músicos Uwe Lulis (guitarra) e Christopher Williams (bateria) – em ver o Accept em grande forma espalhando sua música aos quatro cantos do planeta.
O novo álbum, o já citado The Rise of Chaos, compareceu com a pesada homônima ao disco; sob os riffs cadenciados de Koolaid; na locomotiva No Regrets e no rock n’ roll bonachão de Analog Man. O momento mais intimista do show ganhou as melodias de Shadow Soldiers, com direito ao coro emocionante do público carioca ao acompanhar as linhas de guitarra e solos de Wolf Hoffmann.
Numa viagem ao tempo, o grupo rememorou temas oitentistas como Midnight Mover, Up to the Limit, Living for Tonite, Fast as a Shark e Metal Heart, que, como era de se esperar, encontraram uma incrível sinergia e harmonia aos sons novos como a energética Final Journey e a pesada e já clássica Teutonic Terror. O ‘grand finale’, como não poderia ser diferente, fora com o hit metálico Balls To The Wall, o qual teve a participação maciça dos fãs cantando o grudento refrão.
Em pouco mais de uma hora e meia, o Accept mostrou aos fãs cariocas o porquê de estar naquele citado grupo seleto de artistas que valem a pena serem tratados com o máximo de estima e apreço, afinal, são poucos os que conseguem instaurar uma festa metálica com o talento e elegância dos alemães.
Fonte: RockBizz
Fotos: Livia Teles
Texto: Marcelo Prudente
Como não poderia ser o diferente, o universo heavy metal se vale da realidade apontada nas linhas anteriores, e no seleto hall dos exemplos positivos e prósperos está a banda alemã, Accept, que vem, desde seu retorno aos palcos em 2009, presenteando seus fieis seguidores com ótimos álbuns de estúdio e fenomenais apresentações ao vivo, como a de ontem (11) no Teatro Rival, Rio de Janeiro, que primou pela pura maestria, simpatia e elegância.
Em divulgação ao mais recente disco de estúdio, o ótimo The Rise of Chaos, o Accept aportou na capital fluminense com a responsabilidade de mostrar aos fãs que toda a atenção, apoio e carinho voltado ao grupo os retornam em forma de espetáculos impecáveis. E de tal forma, irrepreensível, que Die by the Sword ecoou para os seguidores da instituição alemã do heavy metal que tiveram a feliz decisão de comemorar os novos e antigos clássicos da banda.
Os novos clássicos vieram, sem demora, representado pela ótima Stalingrad enquanto os antigos, também sem delonga, chegou sob os riffs marcantes da festejada Restless and Wild. A experiência e o ás na manga de possuir uma discografia essencialmente imaculada contribuem, e muito, para uma apresentação versada no status de imperdível, já que ignorar e desprezar a oportunidade de apreciar ao vivo e cores o bê-a-bá do metal germânico como as pérolas London Leatherboys e Princess of the Dawn é uma tarefa para lá pesarosa.
A volta do Accept com o ótimo e simpático vocalista, Mark Tornillo, ainda reverbera discussões acaloradas entre os fãs, onde uma parcela jura de pé junto que a primeira encarnação da banda é a irretocável e a que mais brilha na extensa discografia dos alemães, no entanto, tem outra turma que defende, com unhas e dentes, diga-se, a nova formação da banda. Mas seja qual for a preferência dos fãs, é notória a satisfação e a alegria dos chefes Wolf Hoffmann (guitarra) e Peter Baltes (baixo) – completa a banda os ótimos músicos Uwe Lulis (guitarra) e Christopher Williams (bateria) – em ver o Accept em grande forma espalhando sua música aos quatro cantos do planeta.
O novo álbum, o já citado The Rise of Chaos, compareceu com a pesada homônima ao disco; sob os riffs cadenciados de Koolaid; na locomotiva No Regrets e no rock n’ roll bonachão de Analog Man. O momento mais intimista do show ganhou as melodias de Shadow Soldiers, com direito ao coro emocionante do público carioca ao acompanhar as linhas de guitarra e solos de Wolf Hoffmann.
Numa viagem ao tempo, o grupo rememorou temas oitentistas como Midnight Mover, Up to the Limit, Living for Tonite, Fast as a Shark e Metal Heart, que, como era de se esperar, encontraram uma incrível sinergia e harmonia aos sons novos como a energética Final Journey e a pesada e já clássica Teutonic Terror. O ‘grand finale’, como não poderia ser diferente, fora com o hit metálico Balls To The Wall, o qual teve a participação maciça dos fãs cantando o grudento refrão.
Em pouco mais de uma hora e meia, o Accept mostrou aos fãs cariocas o porquê de estar naquele citado grupo seleto de artistas que valem a pena serem tratados com o máximo de estima e apreço, afinal, são poucos os que conseguem instaurar uma festa metálica com o talento e elegância dos alemães.
Fonte: RockBizz
Fotos: Livia Teles
Texto: Marcelo Prudente
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