sábado, 11 de fevereiro de 2012

Angra: Aqua (Reborn Again)


Fiquei pensando mil formas de começar essa resenha de uma maneira diferente e que trouxesse um pouco a emoção que o mais novo álbum de estúdio da banda paulistana Angra faz vibrar em suas dez canções. Mas a melhor forma e a mais sincera, a propósito, é dizer: Bem vindo de volta à vida! Isso mesmo caro leitor! O Angra está mais vivo do nunca, depois do mediano/fraco Aurora Consurgens, a banda volta tinindo com o novo álbum intitulado de Aqua – Água em latim – e é todo baseado na última obra de Willian Shakespeare – A Tempestade, cujo conceito trata das nuanças da personalidade humana, como: amor, lealdade, vingança, traição, se completando em uma história amarrada pelo desejo de liberdade e reconciliações.

Aqua é o disco que os fãs do Angra têm cobrado e esperado há alguns bons anos, arrisco dizer que estavam até cansados de esperar, mas valeu cada ano dessa – “interminável” – espera, porque o álbum resgata tudo que os fãs desejam ouvir, estão lá boas doses de melodia, peso na medida certa e, lógico, todos aqueles elementos tipicamente brasileiros, que fez a banda criar e imprimir sua identidade, indo na contramão de uma enxurrada de bandas, cujo adjetivo mais positivo é insosso. Além disso, o disco foi produzido pela própria banda, o que foi uma das decisões mais bem acertadas pela banda, com co-produção de Brendan Duffey e Adrian o Daga, portanto, Aqua transpira, em cada canção, a maturidade que o Angra vem construindo em seu quase vinte anos de atividades, ou seja, é a banda em uma de suas melhores performances. 


O disco é bem homogêneo em sua qualidade, sendo a tarefa de enumerar destaques algo quase impossível, mas se fosse cometer tal maluquice, canções como: Awake From Darkness, Lease Of Life e The Rage Of Waters, convidam o ouvinte a um passeio entre a sutileza de belas melodias, solos de guitarras inspirados e ritmos brasileiros. A Monsters In Her Eyes e Ashes apostam em arranjos mais intimistas e Hollow sendo a escolha perfeita para incomodar o vizinho com o volume máximo, visto seu poderia sonoro.

Mas o bom mesmo é dizer, ou no caso escrever, que o Angra está mais vivo do que nunca e muito bem, obrigado! 

Nota: Realizei essa matéria para o Jornal do Interior Sul Fluminense.

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