Que o Brasil já virou
rota obrigatória de artistas internacionais já não resta dúvida, afinal, bate à
porta dos brasileiros as mais diversas bandas dos mais diversos gêneros,
restando ao público à tarefa árdua de escolher qual espetáculo prestigiar. E
parece que para o público carioca não fora difícil optar, no último sábado, dia
29/09, pelo concerto dos holandeses do Epica, porque o que se viu foi um
público significativo na Fundição Progresso a fim de celebrar a música e os dez
anos de história da banda.
Divulgando o mais
recente álbum, Requiem for the Indifferent, a banda se apóia, mais uma vez, em
um trabalho que prima pela beleza das canções alicerçadas pela qualidade ímpar
de seus integrantes. Depois do prelúdio, “Karma”, os trabalhos começam com a
pesada “Monopoly on Truth” e, assim mesmo, sem direito a respiro, a já clássica
“Sensorium” vem rememorar o porquê de a banda ter sido taxada como uma grande
promessa quando do lançamento do álbum, The Phantom Agony.
Ovacionada pela
platéia, a belíssima frontwoman, Simone Simons, faz as honras da casa com a
simpatia que lhe é peculiar e sem deixar perder o clima de festa já instaurado
na casa logo apresenta a animada “Unleashed”. “Martyr of the Free Word” é a
prova da maturidade da banda alcançada com os novos integrantes Isaac Delahaye
(guitarra) e Ariën van Weesenbeek (bateria) – completa a banda Mark Jansen
(guitarra e vocal); Coen Janssen (teclado); Rob Van Der Loo (baixo) e a já
citada Simone Simons (vocal) – e do quanto o processo de substituição de
integrantes pode vislumbrar novas oportunidades de caminhos a serem explorados
pelos músicos.
São exatos dois anos
desde a última passagem da banda Epica pela capital fluminense, sendo essa a
terceira vez em que os holandeses prestigiam o público carioca com sua arte.
Vale ressaltar que a banda vem vindo sempre numa crescente de público, e o mais
importante, os músicos vêem numa crescente de qualidade em suas apresentações
que não seria exagero nomeá-los como a principal banda de symphonic metal hoje
no mercado. E é bacana ressaltar que a banda se sustenta na consistência de
suas canções, não se valendo, exclusivamente, da imagem de sua vocalista, o que
seria mais óbvio e, sem dúvida, a pior decisão a ser tomada pela banda.
A intimista “Delirium”, a complexa “Serenade
of Self-Destruction” e o single Storm the Sorrow trazem à tona o álbum Requiem for
Indifferent; e vamos para mais uma breve viagem ao tempo com “The Obsessive
Devotion” e “Sancta Terra”, representando o disco The Divine Conspiracy, sendo
ambas amparadas pelo entusiasmo do público; o primeiro registro de estúdio dos
holandeses volta estampado nas queridinhas do público “Cry for the Moon” e “The
Phantom Agony”; e não pense que disco Consign to Oblivion ficou de fora da
festa, pois do álbum vieram temas como “Blank Infinity”, “Quietus” com direito
a participação do fã mais animado da noite, segundo o guitarrista Mark Jansen,
e a clássica homônima ao disco.
Como dito
anteriormente, o Epica é uma banda que vem ganhando terreno a cada disco lançado
e turnê, pontuando sua obra pela qualidade de seus integrantes, e o principal,
vem transformando seu show numa celebração entre público e banda. Talvez seja
um exagero ou até mesmo uma irresponsabilidade afirmar que se trata de umas das
maiores representantes da nova safra do heavy metal. Se for ou não se firmar
como tal só o tempo dirá, mas que a banda tem todos os trejeitos para tal não é
segredo para ninguém. Mas é fato que a banda está com a faca e o queijo na mão
para beliscar tal posto, disso não resta à menor dúvida.
Parabéns pela matéria!! Depois de tudo que passamos pra chegar ao show, a banda fez valer cada segundo de apreensão. Eu como fã vibrei a cada canção e o show foi exatamente o que eu esperava senão mais. Então que venham as próximas turnês!!
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