domingo, 7 de outubro de 2012

Epica: Requiem for the Indifferent Tour



Que o Brasil já virou rota obrigatória de artistas internacionais já não resta dúvida, afinal, bate à porta dos brasileiros as mais diversas bandas dos mais diversos gêneros, restando ao público à tarefa árdua de escolher qual espetáculo prestigiar. E parece que para o público carioca não fora difícil optar, no último sábado, dia 29/09, pelo concerto dos holandeses do Epica, porque o que se viu foi um público significativo na Fundição Progresso a fim de celebrar a música e os dez anos de história da banda. 

Divulgando o mais recente álbum, Requiem for the Indifferent, a banda se apóia, mais uma vez, em um trabalho que prima pela beleza das canções alicerçadas pela qualidade ímpar de seus integrantes. Depois do prelúdio, “Karma”, os trabalhos começam com a pesada “Monopoly on Truth” e, assim mesmo, sem direito a respiro, a já clássica “Sensorium” vem rememorar o porquê de a banda ter sido taxada como uma grande promessa quando do lançamento do álbum, The Phantom Agony. 

Ovacionada pela platéia, a belíssima frontwoman, Simone Simons, faz as honras da casa com a simpatia que lhe é peculiar e sem deixar perder o clima de festa já instaurado na casa logo apresenta a animada “Unleashed”. “Martyr of the Free Word” é a prova da maturidade da banda alcançada com os novos integrantes Isaac Delahaye (guitarra) e Ariën van Weesenbeek (bateria) – completa a banda Mark Jansen (guitarra e vocal); Coen Janssen (teclado); Rob Van Der Loo (baixo) e a já citada Simone Simons (vocal) – e do quanto o processo de substituição de integrantes pode vislumbrar novas oportunidades de caminhos a serem explorados pelos músicos.

São exatos dois anos desde a última passagem da banda Epica pela capital fluminense, sendo essa a terceira vez em que os holandeses prestigiam o público carioca com sua arte. Vale ressaltar que a banda vem vindo sempre numa crescente de público, e o mais importante, os músicos vêem numa crescente de qualidade em suas apresentações que não seria exagero nomeá-los como a principal banda de symphonic metal hoje no mercado. E é bacana ressaltar que a banda se sustenta na consistência de suas canções, não se valendo, exclusivamente, da imagem de sua vocalista, o que seria mais óbvio e, sem dúvida, a pior decisão a ser tomada pela banda. 


A intimista “Delirium”, a complexa “Serenade of Self-Destruction” e o single Storm the Sorrow trazem à tona o álbum Requiem for Indifferent; e vamos para mais uma breve viagem ao tempo com “The Obsessive Devotion” e “Sancta Terra”, representando o disco The Divine Conspiracy, sendo ambas amparadas pelo entusiasmo do público; o primeiro registro de estúdio dos holandeses volta estampado nas queridinhas do público “Cry for the Moon” e “The Phantom Agony”; e não pense que disco Consign to Oblivion ficou de fora da festa, pois do álbum vieram temas como “Blank Infinity”, “Quietus” com direito a participação do fã mais animado da noite, segundo o guitarrista Mark Jansen, e a clássica homônima ao disco. 


Como dito anteriormente, o Epica é uma banda que vem ganhando terreno a cada disco lançado e turnê, pontuando sua obra pela qualidade de seus integrantes, e o principal, vem transformando seu show numa celebração entre público e banda. Talvez seja um exagero ou até mesmo uma irresponsabilidade afirmar que se trata de umas das maiores representantes da nova safra do heavy metal. Se for ou não se firmar como tal só o tempo dirá, mas que a banda tem todos os trejeitos para tal não é segredo para ninguém. Mas é fato que a banda está com a faca e o queijo na mão para beliscar tal posto, disso não resta à menor dúvida.

Um comentário:

  1. Parabéns pela matéria!! Depois de tudo que passamos pra chegar ao show, a banda fez valer cada segundo de apreensão. Eu como fã vibrei a cada canção e o show foi exatamente o que eu esperava senão mais. Então que venham as próximas turnês!!

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