Poucas coisas conseguem
ser melhores do que a combinação de uma noite de sexta-feira, começo de mês com
salário na mão, amigos e ótimos shows como trilha sonora da diversão, e foi
dessa forma que o público carioca pôde saborear a noite da última sexta (06)
quando o duo DragonForce e Epica garantiram a farra e o soundtrack de primeira.
O esquenta da noite
ficou por conta da banda convidada, os ingleses do DragonForce portando o
estandarte de seu intenso e ultra veloz power metal. Por ser o ‘opening act’ da
noite, a banda fora obrigada abreviar boa parte de seu repertório, mas sua
breve estada no palco foi festejada e saudada pelos cariocas durante toda a
apresentação.
Sabiamente, a banda –
Marc Hudson (vocal); Herman Li (guitarra); Sam Totman (guitarra); Frédéric
Leclercq (baixo); Gee Anzalone (bateria) e Vadim Pruzhanov (teclado) – se
dispôs apresentar o mais recente álbum de estúdio, ‘Maximum Overload,
intercalando com temas mais antigos, assim, canções do teor de “The Game” e
“Symphony of the Night” encontraram perfeita sintonia em “Valley of the Dammed”
e “Through the Fire and Flames”.
O porém – que também
persistiu no espetáculo da atração principal – da apresentação dos ingleses foi
reservado aos momentos que a equalização sonora cismava embolar a massa sonora
que chegava ao público, o que dificultava o entendimento e, lógico, apreciação
da canção.
Nem parece que já se
passaram mais de uma década desde o lançamento do primeiro álbum dos holandeses
do Epica, e foi nesse ínterim que, inteligentemente, a banda soube lapidar sua
arte, absorvendo novas influências, mas mantenho sua identidade reconhecível
para si mesma e, claro, para seu cativo público, que fez – e faz – questão
prestigiar todos os seus feitos e sucessos.
A atração principal da
festa da última sexta-feira deu pontapé com “The Second Stone” e sem direito a
respiro e/ou gole d’água que “The Essence of Silence” mostrou que o peso e uma
banda bem afiada seriam o tom da noite.
O atual Epica respira vitalidade
e o brilho nos olhos é mais intenso desde entrada de Isaac Delahaye (guitarra
e vocal); Ariën van Weesenbeek (bateria)
e Rob van Der Loo (baixo) – completa a banda os veteranos Mark Jansen (guitarra
e vocal); Simone Simons (vocal) e Coen Jassen (teclado) –, o que é, facilmente,
perceptível nas apresentações ao vivo aonde ganharam acentuado peso, técnica e um
quê a mais de: estamos nos divertindo a valer e estamos compartilhando isso com
vocês, fãs.
Em quase duas horas de
show, a banda conduziu, com maestria e elegância, o público ao supra-sumo de
sua carreira, mesclando temas dos primórdios aos mais atuais, o que garantiu um
ótimo equilíbrio à apresentação.
Citar essa ou aquela
canção como destaque seria covardia, visto o aprumo da performance dos
holandeses, com isso, temas como “Unleashed”; “Sensorium”; “Cry for the Moon”;
“The Last Crusade”; “Sancta Terra”; “Unchain Utopia” e “Consign to Oblivion”
tiveram suas respectivas relevâncias para o saldo positivo da festança.
Nada melhor que começar
o final de semana com o pé direito, e graças às bandas DragonForce e Epica, o
público carioca não pôde reclamar, afinal, ambas as bandas presentearam seus
respectivos fãs com uma grande e excepcional festa.
Fotos: Alessandra Tolc
Nota: Matéria realizada para o site Whiplash - http://whiplash.net/materias/shows/219858-epica.html
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