Esse é um blog inteiramente dedicado a uma das maiores expressões artísticas, música. Se você é, assim como eu, um grande fã dessa arte, seja muito bem vindo!
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
3.6.5.: Ambição na medida certa
A postagem de hoje é uma entrevista com a banda brasileira Mindflow. Com grande profissionalizismo e trabalho acima da média a banda chega ao seu 4º registro de estúdio, 3.6.5., e se destaca como um dos grandes nomes do metal nacional, o que fica mais claro ainda na entrevista a seguir.
Nota: Eu fiz essa entrevista para o site Território da Música. Segue o link do site com a entrevista:www.territoriodamusica.com/entrevistas/?c=945
Com quatro álbuns em sua discografia, a banda Brasileira MindFlow está construindo passo a passo uma verdadeira legião de fãs dentro e fora do país.
Formada pelos músicos Rafael Pensado (bateria), Danilo Herbert (vocal), Rodrigo Hidalgo (guitarra) e Ricardo Winandy (baixo), a banda acaba de lançar o ambicioso álbum “365”, que consistiu lançar a cada mês uma canção, tendo seu início em 09/09/09.
É exatamente sobre o conceito e as novidades do novo álbum que o Território da Música foi bater um papo com a banda. Com a palavra, MindFlow...
Começo perguntando sobre o último álbum de estúdio, “Destructive Device” como foi a resposta ao disco? Vocês acreditam terem chegado a outro patamar com o álbum e, posteriormente, com a turnê?
Rafael Pensado: Olá! “Destructive Device” foi um divisor de águas para nós. Trabalhar lado a lado com Ben Grosse foi de grande aprendizado para todos nós. Gravamos esse disco em São Paulo e Los Angeles e vimos muitas coisas novas para nós. Sem dúvida o MindFlow, hoje, é uma banda madura e experiente, estamos produzindo nosso novo disco e nossos shows estão melhores e mais pesados.
E por falar em turnê, o MindFlow passou por cidades em que nunca estivera antes, como: Vitória/ES; Niterói/RJ e Distrito Federal. Como foi a recepção e o saldo nesses ‘terrenos’ nunca antes explorados?
Rafael: A melhor possível! Foram shows grandes e o público estava totalmente com a banda. Esperamos voltar logo para essas cidades e conhecer novos fãs em novas cidades!
Vocês fizeram uma longa turnê em 2008 pelos EUA e voltaram em 2009 para o festival ProgPower, como foi a experiência de tocar ao lado do Fates Warning e do Crimson Glory? Essas duas passagens pelos EUA podem ser consideradas os grandes destaques da turnê?
Rafael: O ProgPower é um festival impecável em todos os sentidos: organização, staff, som. Tudo funcionando com perfeição. Ver essas bandas foi um brinde para nós. Estamos organizando uma ‘tour’ maior para 2010/2011 nos Estados Unidos. Sem dúvida o ProgPower foi, até agora, nosso show mais importante nos EUA.
Em setembro do ano passado, o Mindflow começou o projeto/álbum 365, que consiste lançar uma canção por mês durante doze meses, formando, ao final dos meses, um álbum completo. É uma estratégia interessante e, até certo ponto, arriscada, porque, hoje em dia, as pessoas estão (e são) impacientes, ou seja, se as coisas não forem feitas e consumidas em pronta hora elas tendem a perder o interesse quase que imediatamente. Vocês chegaram cogitar esse possível desinteresse ao longo dos meses pelo álbum?
Rafael: Quando sentamos para discutir esse projeto, analisamos os prós e contras, esse aspecto que você aborda não nos preocupou, o mais preocupante era escrever, gravar, produzir, masterizar, criar identidade visual de cada música através dos wallpapers a tempo todo mês, estando em turnê ou não. Foram totalmente calculados e planejados todos os passos desse projeto. Isso aumentou o interesse do nosso público, sempre com novidades para nossos fãs. Estou seguro em dizer que foi nosso projeto mais ousado e ao contrário do que alguns diriam, grande parte do nosso público tem esse disco como o melhor do MindFlow.
Eu tive a oportunidade de escutar as músicas do álbum 365, não sei se é apenas uma impressão minha, mas as senti mais diretas e pesadas, não flertando tanto com climas e passagens sombrias. Esse era realmente o objetivo? O foco foi trazer mais à tona essa faceta, que já existia no som do Mindflow?
Rodrigo Hidalgo: Exatamente! A idéia do MindFlow é nunca se repetir. A cada trabalho procuramos mostrar uma nova faceta. No "365" procuramos fazer um disco de rock moderno e agressivo.
Mesmo com o lançamento de uma música por mês, o álbum tem unidade entre as canções. Isso foi uma preocupação, visto que nossas emoções e percepções mudam a cada dia, e manter a unidade entre as músicas poderia ser um desafio?
Rodrigo: No "365" procuramos reagir aos acontecimentos mundiais que ocorriam enquanto escrevíamos as músicas. “Crisis FX”, música que lançamos em fevereiro, é uma homenagem às vitimas da tragédia no Haiti. “Thrust into this Game” é uma crítica à política brasileira, que em setembro de 2009 passava por mais uma onda de escândalos envolvendo nossos representantes. O MindFlow tem um estilo definido de fazer músicas, então, mesmo alterando estilos dentro do disco, acho que conseguimos manter uma unidade forte.
Com o ascendente sucesso da banda e do álbum, houve alguma pressão em criar algo novo, a fim de elevar o nome e status da banda?
Rodrigo: A cobrança de fazer algo melhor do que fizemos anteriormente vem de nós. Sempre damos o nosso melhor e o resultado disso sempre nos deixa orgulhosos. Para nós é um grande prazer escrever música. Não encaramos como uma preocupação. Se estamos felizes com o resultado para nós é suficiente.
Em um retrospecto rápido na carreira do Mindflow: “Just The Two Of Us...” compõem de uma maior ligação entre as canções, revelando-se como o mais progressivo e complexo; “Mind Over Body” traz novos contornos e ares, sendo o mais experimental e “Destructive Device” que assume uma tocada mais coesa e direta. Então, a pergunta é: Qual é a identidade do novo álbum? E como ele se agrega às diferentes facetas da discografia da banda?
Rodrigo: Como a idéia do “365” é de lançar uma música por mês durante um ano, encaramos cada música como um ‘single’. Isso deu uma atmosfera muito especial ao álbum.
Danilo, as abordagens agressivas estão mais presentes no seu vocal hoje em dia, por exemplo, nas novas “Thrust Into This Game” e “Corrupted”. Parece que a experiência de ter inserido vocal gutural na música “Lethal” (de “Destructive Device)” rendeu frutos, não?
Danilo Herbert: Realmente! Na verdade, há várias razões para isso. Primeiramente porque sempre, em um novo trabalho, tentamos adicionar na mistura algo novo e diferente do que já havíamos feito em trabalhos anteriores. Outro motivo é de que a temática das novas músicas do MindFlow são de fato mais obscuras, fortes e pesadas, por isso, conseqüentemente, o instrumental exigiu uma atitude mais agressiva por parte da voz na maioria dos momentos.
Também é óbvio que o tempo e a experiência nos fez crescer como músicos, aumentando nosso leque de possibilidades. Isso é uma coisa muito legal de observar na carreira de várias bandas que foram moldando o seu estilo no decorrer dos anos. E, finalmente, as nossas influências atuais também se tornam relevantes na hora de compor. Estou muito satisfeito com o resultado e espero que ouvintes também gostem.
O novo álbum terá a continuação da trama e game “Alternate Reality Game (ARG) - Follow Your Instict”? O que você pode nos contar sobre a caça ao serial-killer?
Danilo: É bem provável que sim! Pois, como todos os que jogaram a última edição sabem... Depois de tudo que fez... Jack ainda está à solta.
Gostaria que vocês comentassem sobre o trabalho lírico do novo álbum, que, mais uma vez, ganha destaque, indo de encontro à superficialidade de tantas bandas hoje no mercado.
Danilo: As letras sempre foram uma parte essencial no nosso trabalho, e dessa vez, mais que nunca. O “365” foi idealizado para ser como um diário musical da banda. Foi muito espontâneo e honesto o processo de criação das letras, pois, ao começo de cada mês, fazíamos uma reflexão sobre o nosso mês anterior como banda. Juntávamos tudo que passamos: fatos que nos marcaram durante aquele período, coisas que aconteceram naqueles mesmos dias, tudo que sentimos... E a partir desse processo, o tema de cada música foi se revelando.
E acho que o grande diferencial dessa maneira de compor, foi a grande interação que conseguimos alcançar com o público, permitindo que os ouvintes nos acompanhassem em cada passo da criação do álbum. Sem dúvida uma experiência muito legal.
O que os fãs podem esperar para o segundo semestre e para 2011? Há chance de um registro em DVD?
Danilo: Com certeza! Estamos produzindo nesse exato momento, o nosso primeiro DVD, com as imagens do show que fizemos em Atlanta (EUA), no ProgPower USA. O DVD vai contar também com um documentário sobre a banda e algumas outras surpresas que estão sendo preparadas. Estamos muito ansiosos com esse projeto e não vemos à hora de vê-lo concretizado. Tenho certeza de que os fãs vão adorar!
Agradeço a atenção e disponibilidade da banda para esse bate-papo. O espaço é de vocês...
Rafael: Sempre um grande prazer falar sobre o MindFlow para quem está interessado!
Rodrigo: Muito obrigado pelas perguntas! Convido a todos a conhecer as novas músicas do MindFlow no www.mindflow365.com e a pedir um adesivo grátis no www.mindflow.com.br.
LET YOUR MINDFLOW...
Danilo: Muito obrigado ao Território da Música pelo espaço e a todos os leitores! Até breve! Let your MindFlow...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Boa entrevista Marcelo,parabéns.
ResponderExcluir